sexta-feira, 18 de abril de 2008

एनिग्मा

Enigma, doce labirinto que percorre as minhas veias como injecções de prazer, com todo o mistério, com toda a paixão todo o sabor perdido e reconhecido. Fantasma na minha cabeça, voz que faz eco em alguma rua, em alguma vida. Saber da tua existência, saber o teu respirar, algo tão fácil de entender, mas algo tão complexo, controverso . As tuas palavras, o teu saber e eu saber de ti é um universo de perguntas, de ilusão, uma história de embalar para mim. O testemunho de um sentimento puro, único, curto contraditório todos os dias….porque é assim entendes? Porque é um enigma. Porque eu quero descobrir-te, descobrir a tua pele, o teu sorriso, os teus olhos nos meus. Aí encontrarás a verdade. A verdade da minha pele, do meu cheiro, do meu toque, a solução da tua incógnita. Eu e Tu. Eu em ti. Tu em mim. E assim a certeza de todos os meus dias, de todas as horas minutos e segundos. Engana o medo que sinto em ter-te, conquista o sonho perdido, levado por lágrimas esquecidas. Porque a única razão é o meu sorriso em ver-te sorrir. Explica-me então, como eu te sinto desta forma tão presente, singular. Não atires areia para os meus olhos, porque eu vejo-te através dela. Procura-me nos teus sonhos, na quimera da tua existência.
Queria contar-te um segredo, vários até. Sussurrar delírios de paixão no teu ouvido. Farás da mim a tua música, a tua melodia, o teu ritmo. Farás de mim o teu desenho e o teu esboço.

terça-feira, 4 de março de 2008

त्रिस्तेज़ा Tristeza

Tristeza…mais do que sinto aquilo que falo enrola as palavras num monte de lã…e eu não sei o que diga… mais uma vez este caos, esta dor, esta vontade de superar, ou não. Triste, mas eu sabia que ia acontecer. Eu fico até a água acabar, já não quero mais desta falsidade, deste desespero. Esta dor que me persegue, esta beleza que não existe, esta mentira que dizes que é verdade, mas eu não acredito por mais que insistas. Não acredito mais. E eu tenho medo procuro uma resposta em todos vós, e ela não aparece. Vocês não sabem o que dizer…e eu choro.
Tristeza, não sei onde me levas, doce magia, veneno que já me possui, não me leva mais, não me beija mais, não me quer mais…
Bate-me, sabes o que digo mata-me hoje que é o dia. Já não faço aqui nada, já não espero nada e dói-me a mente. Mata-me agora.
Tristeza, doce supérfluo, amarga tristeza, deitas-me abaixo, enterras-me. Pinta o meu rosto em tua manta eterna, que te aquece nos dias mais tempestuosos. Não quero mais já te disse. Não quero mais.


क्रेवो दा इंडिया

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

मोरंगो Morango


Os raios de sol abrem o dia, acabam-se as trevas. A tua voz rouca desperta-me, enquanto deslizas nos lençóis acetinados, com cor de morango, de cima de mim.
“ Bom dia…” segreda ao ouvido…reparo no branco meio sujo das paredes do quarto, juntamente acompanha o cheiro a sexo que violámos a noite inteira…cheiro a suor, a pele gasta de beijo e saliva. Beijo-te outra vez.
Os raios começam a tocar o meu corpo nu, sem cetim, sem as tuas mãos, queimam o meu corpo jogado na cama…cansado de te amar e ainda ansioso por te amar mais.
Fazes ranger a porta quando entras, com o pequeno-almoço e com o mar à minha frente. Ofereceste-me o mar para encher os meus olhos...dizes que as minhas lágrimas são pequenas gotas do mar...
Oferece-me a tua boca como orifício para eu matar a minha sede.
Sonhos controversos, enganos suicidas. Encontras-me no odor, nas manchas de sedução. Viste-me, olhaste-me regas-me o corpo ao pormenor, violas-me com a tua mente, doce como o leite, puro como o amor, utopia do teu ser.

क्रेवो दा इंडिया

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

देइक्सा Deixa

Queria gritar evocar tudo o que em mim ainda não foi resolvido, queria dançar até perder o rumo da vida, queria respirar o ar mais puro do mundo. Altera-me tudo o que há em mim, altera tudo.
Mexe comigo, brinca comigo, faz amor comigo.
Faz chantagem comigo, segue o meu enigma e deixa-me seduzir-te intensamente.
Deixa-me tornar real o teu sonho encantado com palavras prililpimpim, deixa-me afogar-te em saudade deixa-me amar-te, perseguir-te.
Como as palavras doem-me inocentemente na nuca, e pestanas de algodão doce aguçam o meu paladar. Toca essa sita bem dentro do meu peito, deixa-me sangrar as tuas lágrimas e agoniar-te em paixão.
Deixa-me relaxar e ser lentamente conquistada pelo som.
Deixa-me arder todo o sorriso, toda a gargalhada existente em mim. Deixa-me ouvir-te. Posso contar-te um segredo? Um segredo só é um segredo se não o contares a ninguém. Mas este segredo tu podes lê-lo no meu corpo, enquanto eu danço freneticamente para ti. Mas ninguém sabe. Abraça-me com a tua Natureza, os teus longos ramos de pinheiro, as tuas folhas verdes e dá-me uma flor e deixa-me vibrar.
Reconquista esse Verão perdido em ti e faz de mim o teu Paraíso, a tua Deusa, o teu Céu, teu Prazer e teu Pecado, teu Doce e Amargo, teu Anjo, teu Demónio.
Suaviza-me com o teu pêlo de gato, dá-me uma doce cauda e umas longas asas de penas. Deixa-me ser aquilo que tu não és deixa-me ser eu própria, deixa-me ser eu, deixa-me ser o teu deus e mexer na tua pele suada cansada de dançar.

क्रेवो दा इंडिया

चोकोलाते Chocolate

Sinto frio no meio do calor, mas não me importo não quero saber.
Ouso falar e fazer aquilo que não esperava de mim. Mas também não faz mal. Nada faz mal neste mundo, nesta vida. Aqui se vê um pouco do pior de tudo, um pouco de riso a mais, um pouco de trabalho a mais, um pouco de dor a mais, um pouco de sedução, paixão e tudo o que tenha a ver com o fogo. Este fogo que não se extingue, não desaparece, que é tão doce que não enjoa, não magoa.
Um pouco de chocolate que faz bem ao coração.
No meio de tanto pragmatismo, a compreensão do desdém das minhas atitudes deixa-me aquém daquilo que realmente gostaria de saber. Onde está a verdade? Por isso resolvi provar um pouco de chocolate, adoçar um pouco a boca de tanta amargura. E não me sinto mal, e por enquanto não engordei. Sei que tu meu pai, estás aqui para me “proteger das abelhas”. Et je te remerci pour ça.
Agora tento escrever mais uma vez, desta vez vou dar-te um nome, Chocolate. Em todo este drama, o chocolate tem sido onde afogo as minhas mágoas. Com um pouco de álcool á mistura, um perfeito “mon chéri”, tem sido a minha vida, um perfeito bombom. Como eu gostava de desaparecer, acho que sempre foi o meu desejo, mas o Chocolate veio a mudar a minha vida. Não é daquele chocolate que devoro sem respirar, é daquele que derrete suavemente na boca.
Ouço a chuva a cair lentamente pelo telhado juntamente com o tic-tac infernal do relógio que está mesmo atrás de mim, ela diz-me que está quase, para eu não ter receio. Tudo se irá resolver, porque problema sem solução não é problema.

क्रेवो दा इंडिया